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Roberto Carlos em seis músicas essenciais

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Recorde a história do artista que vem a Portugal esta semana celebrar 50 anos de carreira
17.05.2019 09:00 por Rita Bertrand

Os bilhetes voaram, mal se soube que o galã brasileiro, atualmente com 78 anos, vinha a Portugal – tanto que foram marcadas datas extras em ambas as salas. Antes dos concertos, a 17 e 18 de maio na Altice Arena, em Lisboa, e a 25 e 26 no Multiusos de Gondomar, recorde a história do artista, que já este ano editou um novo álbum em espanhol em que participa Alejandro Sanz, através dos seus êxitos.

O Calhambeque
Filho de um relojoeiro e de uma costureira, nascido em 1941 no Sudeste brasileiro, viu a perna amputada aos seis anos depois de um acidente na linha férrea, enquanto brincava, e aos 9 começou a cantar country na rádio. Aos 15, mudou-se para o Rio de Janeiro, rendendo-se ao rock, e alcançou popularidade em 1964, com É Proibido Fumar, o álbum onde estreou O Calhambeque, eterno êxito do chamado yé-yé.

Quero que Vá Tudo Pro Inferno
Convidado para apresentar Jovem Guarda na TV-Record, aí conheceu Erasmo Carlos, com quem iniciou uma parceria musical que dura até hoje. É deles o êxito Quero que Vá Tudo Pro Inferno. Integrado no álbum Jovem Guarda (1965), fez de Roberto um ídolo romântico, mas ele acabou por bani-la do reportório quando, supersticioso (com transtorno obsessivo-compulsivo a ajudar), passou a evitar pronunciar as palavras “mal” e “inferno”.

Jesus Cristo
Com os álbuns sempre intitulados Roberto Carlos a partir de 1969 (e numerados), o cantor entretanto casado e com filhos (um deles com glaucoma à nascença), foi-se aproximando da religião, gravando Jesus Cristo em 1970 e batendo recordes de vendas a partir daí – mínimo de um milhão de exemplares por cada disco. Em 1978 tornou-se embaixador da ONU, dando a cara pelo Ano Internacional da Criança, o que lhe deu notoriedade mundial.

As Baleias
Abriu a década de 80 a dar a cara pelo Ano Internacional da Pessoa Deficiente e em 1981 editou o primeiro álbum em inglês, além do disco anual do costume, onde surgiram Emoções (a do verso “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”) e As Baleias, que fez dele um pioneiro das causas ecológicas: ainda ninguém falava de animais em extinção e já ele denunciava a atrocidade da caça à baleia, em parceria com Erasmo Carlos.

Mulher de 40
Nos anos 1990, já com mais discos vendidos na América Latina do que os Beatles, é alvo de uma homenagem: um álbum chamado Rei, com os seus pares – dos Skank a Cássia Eller – a recriarem as suas canções. De romances turbulentos – a incluir testes de paternidade -, casou com o seu grande amor, Maria Rita, em 1996, ano do estrondoso êxito Mulher de 40. Porém, ela seria diagnosticada com cancro e morreria em 1999, levando-o a uma fase de reclusão.

Esse Cara Sou Eu
De regresso aos palcos, ainda mais religioso, dedicou a Maria Rita o seu álbum de 2003, Pra Sempre, onde só O Cadillac era em parceria com Erasmo. Abrandando bastante o ritmo, com menos lançamentos e poucos concertos, voltou a alcançar um êxito fenomenal em 2012, com a balada romântica Esse Cara Sou Eu, que (juntamente com a ritmada Furdúncio, em parceria com Erasmo), foi incluída na banda sonora da telenovela Salve Jorge, da Globo.

Roberto Carlos em Concerto:
Altice Arena, Lisboa
6.ª e sáb., 17 e 18/5, 21h
€40 a €115
Pav. Multiusos, Gondomar
Sáb. e dom., 25 e 26/5, 21h
€30 a €95 (esgotado)

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